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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A gente consegue melhorar nossa relação com a comida!


Como começar


Só imagino o início desse processo de uma forma extremamente delicada. E por que não seria?

Tornar 2017 e todos os dias de nossas vidas dias em que nos relacionarmos com a comida por meio de uma abordagem indulgente, que possibilite a entrada discreta de novos hábitos, e assim, à medida que se incorporam em nossa rotina, suas boas sensações delicadamente nos motivam a arriscar novos comportamentos.

Um dia, por exemplo, experimentamos levar umas castanhas para comermos no meio da manhã e percebemos que a fome foi menor na hora do almoço, e sem qualquer imposição, levamos o hábito ao meio da tarde, e consequentemente reduzimos o aporte calórico das principais refeições e nos beneficiamos da riqueza nutricional desses alimentos, dia após dia, ações e consequências.

Infelizmente esquecemos que os alimentos são nossos aliados, fato que nos leva a precisar urgentemente excluir qualquer possibilidade de dietas ou prescrições que nos façam registrar, pesar e contar os alimentos, que excluam algum grupo alimentar, e que cometam o horror de denominar “dia do lixo” qualquer associação com o prazeroso ato de comer.

Encontraremos, dia após dia, em todos nossos contextos sociais inúmeros momentos alimentares, bolos, confraternizações, petiscos e bebidas alcoólicas que fazem parte de nossa saúde social, e ao invés de exercer o pensamento obsessivo de cortar o que não “devemos”, penso que o processo de adição nutricional é o mais indulgente e certeiro, pois ao invés de vilanizar alimentos, devolvemos seu objetivo natural, de nos manter nutridos, alimentados e saciados.

Manter-se nutrido


Torna-se nossa maior preocupação, e ocorreria com refeições que supram as necessidades de nossos corpos, equilibrando-o e consequentemente gerando saciedade.

Como saber quais alimentos me nutrem? Eles são provenientes da natureza, com pouco ou nenhum processo de refinamento. São cereais integrais, sementes, leguminosas, frutas e, no caso de alimentos de origem animal, que tenham pouca ou nenhuma intervenção de rações, hormônios e aceleradores de crescimento.

A questão da ética alimentar, bem como a proveniência da carne, peixe, laticínios e ovos que comemos merece extrema atenção, e não significa que devemos ou não comê-los, mas sim se sabemos o que estamos comendo e de que forma eles chegaram a nossa mesa.

A saciedade de um corpo nutrido tornará as próximas escolhas mais conscientes nas suas próximas refeições.

Quando avançamos na busca por uma alimentação plena, nos confrontamos com a realidade de que o que comemos, e o que desperdiçamos em nossos lixos estão diretamente relacionados às mudanças climáticas, ao desemprego, à pobreza, e também, a nossa própria saúde.

Dessa forma, olhar ao nosso redor com mais empatia se torna a mais humana e saudável prática que poderíamos ter para o momento.

Não é uma questão se somos ou não carnívoros, se leite faz mal ou não, se o orgânico é muito mais caro, e sim de observar a forma como esses alimentos polêmicos são produzidos e chegam em nossas casas. Somos aptos a digerir carne? Claro que somos! Mas qual é essa carne que eu compro? Quem e o que está se prejudicando com isso?

Comer é um ato político


E consumindo alimentos locais, orgânicos e sazonais, contribuímos em não deixar a produção alimentícia apenas nas mãos das grandes corporações cujo objetivo principal não é o de alimentar e propiciar uma vida digna às pessoas, mas sim de lucrar a qualquer doloroso custo.

Quer comer bem e ainda gastar pouco? Cozinhe você mesmo as suas refeições e preze pelo que está mais barato nas feiras e mercados, se estão mais baratos é porque estão abundantes, frescos, possíveis. Qual a razão de pagar 12 reais no quilo do mamão papaia que viajou dias para chegar a sua mesa se corremos o risco de levar uma “mangada” na cabeça tamanha abundância tropical?

Com um pouco de técnica e algum tempo a mais na cozinha, podemos preparar a comida mais saborosa a partir dos ingredientes mais modestos. Essa fórmula que vem resistindo ao tempo sugere que aprender a se virar na cozinha, por exemplo, são habilidades que nos conferem alguma independência.

O ato de cozinhar tem o poder de transformar mais do que plantas e animais: ele também nos transforma, de meros consumidores em produtores. Não completamente, nem o tempo todo, mas fazer a balança pesar mesmo que só um pouquinho a favor da produção é algo que proporciona satisfações profundas e inesperadas.

Cozinhar é um convite a modificar, ainda que ligeiramente, a correlação entre produção e consumo na sua vida. O exercício frequente dessas habilidades simples para produzir algumas das necessidades da vida aumenta nossa autoconfiança e a liberdade, ao mesmo tempo que reduz nossa dependência em relação a corporações distantes de nós.

Não só o nosso dinheiro, mas também o nosso poder passam para as mãos delas sempre que não podemos suprir sozinhos quaisquer necessidades e desejos diários. E ele, o dinheiro começa a voltar para nós, e para a nossa comunidade, assim que decidimos assumir alguma responsabilidade pela nossa alimentação, maior reflexão e mais esforço na tarefa de alimentar a nós mesmos. Não precisa ser todo dia, nem em todas as refeições – mas que seja com uma frequência maior do que a que temos adotado, sempre que pudermos.

Impossível pensar práticas alimentares e um estado de vida saudável de maneira reducionista e umbilical. Para o ano que se inicia precisamos pensar de que forma podemos agir e interagir com um ambiente saudável que propicie a mim e aos demais de meu entorno saúde plena.

Quando somos coesos no que praticamos, servimos como exemplo aos próximos e essa é uma linda cadeia de boas influências, melhor resolução de fim de ano não existe.


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Fonte - https://papodehomem.com.br/a-gente-consegue-melhorar-nossa-relacao-com-a-comida-or-9-praticas-para-2017-doer-menos

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